Este movimento literário, igualmente conhecido como setecentismo ou neoclassicismo, teve sua origem no continente europeu no século XVIII. Foi assim batizado em razão da esfera rural do Peloponeso, a Arcádia, localizada na antiga Grécia. Este paraíso campestre é considerado um modelo de lampejo poético. Sua concepção mais importante é a celebração da vida natural e de tudo que a ela se conecta. Daí vários dos poetas desta escola terem assumido nomes de pastores greco-romanos. Os árcades também adotaram padrões rítmicos mais joviais. De modo geral eles traduzem em suas obras a censura dos burgueses aos desmandos dos nobres e do clero, exercitados amplamente no contexto do Antigo Regime. Os escritores do Arcadismo assumem o ideal burguês da época e, por esta razão, veneram o mito do homem natural em contraposição ao indivíduo pervertido pela vida social, como é concebido por Jean-Jacques Rousseau na imagem do ‘bom selvagem’.
Autores e Obras do Arcadismo
- José Inácio de Alvarenga Peixoto (Eureste Fenício). Poesia Lírico-Amorosa. Obras Poéticas – destaque para os poemas Bárbara Heliodora e Estela e Nize.
- Frei José de Santa Rita Durão: Poema Épico. Caramuru.
- Manuel Inácio da Silva Alvarenga (Alcindo Palmireno). Poema Heroico-Cômico. O Desertor das Letras. Poesia Lírico-Amorosa. Glaura.
- José Basílio da Gama (Termindo Sepílio). Poema Épico. O Uraguai.
- Cláudio Manuel da Costa (Glauceste Satúrnio). Poema Épico. Vila Rica. Poesia. Obras Poéticas.
- Tomás Antônio Gonzaga (Dirceu). Poemas Satíricos. Cartas Chilenas. Poesia Lírico-Amorosa. Marília de Dirceu.